Estatística e tecnologia

O médico Hans Rosling mostra a história do desenvolvimento do planeta nos últimos dois séculos, transformando estatísticas em animação gráfica interactiva, no programa "The Joy of Stats" da BBC 4.

Entre o iPad e o jornal...

Uma nova forma de usar o iPad...

Pigeon: Impossible, uma curta de animação

Pigeon: Impossible é a história de Walter, um agente novato do FBI, confrontado com um problema singular: o que fazer quando um pombo fica preso dentro da sua pasta super-poderosa…

Esta curta-metragem demorou cinco anos a ser completada e foi a primeira tentativa do escritor e realizador Lucas Martell no mundo da animação:

When the project started, it was mostly an excuse to learn 3D animation, but by the end of the project I had spent so much time reworking and polishing the story that I just wanted people to laugh.

O resultado é um filme hilariante de seis minutos de duração, que já ganhou vários prémios. A acção passa-se nas ruas de Washington D.C., em que o herói Walter tenta desesperadamente salvar o mundo da destruição causada por um simples pombo esfomeado. Excelentes técnicas de animação que, em conjunto com a banda sonora, mostram o trabalho de 100 artistas e músicos.

Nos bastidores…

Pigeon: Impossible
Data de estreia: 7 de Maio de 2009
Formato: 35 mm, HD (1920x1080)
Duração: 6:12

Fonte:
www.pigeonimpossible.com

A vida em 2050…

Como será a vida daqui a 40 anos? Segundo um estudo realizado nos Estados Unidos, vai ser muito mais avançada tecnologicamente, amiga do ambiente, uma sociedade mais equalitária… 

Fontes:
GOOD
Column Five Media

O som do silêncio

Herman Kolgen trabalha com muitos tipos de media, sobretudo na intersecção entre a arte digital e a ‘performance’. As suas obras são desenvolvidas em torno da espacialidade, assimilando as mais variadas linguagens tecnológicas, bem como diferentes tipos de interactividade. 

 

Urban Wind é um dos seus trabalhos mais recentes. É uma instalação bastante representativa da sua pesquisa sobre o som e o espaço e da sua abordagem à plasticidade, sendo parte integrante de uma série chamada Windfields que procura explorar a dinâmica do vento através do uso de sensores meteorológicos espalhados por uma área urbana.

Segundo Kolgen, "a velocidade e a direção do vento são colhidas e analisadas. Os dados são, depois, enviados via wi-fi a um conjunto de acordeões, que emitem um ruído envolvente que interage com a paisagem áudio. O público pode ouvir esta respiração dinâmica em tempo real. Todas as harmonias musicais são criadas pelo vento."

Urban Wind foi apresentado pela primeira vez em 2010 no Festival Internacional de Artes Digitais de Incheon, na Coreia do Sul.

URBANWIND - sound installation from Herman Kolgen on Vimeo.

Fonte:
Poyau, Morgan. Urban Wind Makes You Hear the Real Sound of Silence, www.thecreatorsproject.com, Julho 2011.

Cantoni & Crescenti, arte ou tecnologia?

A dupla de artistas brasileiros Leonardo Crescenti e Rejane Cantoni discutem estratégias de experimentação e de implementação de interfaces áudio-táctil-visuais que possibilitam ao espectador explorar e interagir de maneira natural com bancos de dados e ambientes físicos, virtuais, remotos ou híbridos.

Crescenti, artista e arquitecto, pesquisa e desenvolve projectos em novos media e trabalha como fotógrafo e director de fotografia. Como director, realizou treze curtas-metragens, obtendo um total de 21 prémios nacionais e 14 internacionais.

Rejane Cantoni é uma artista e pesquisadora de novas tecnologias que investiga a engenharia dos sistemas de realidade virtual, instalações interactivas com dispositivos de aquisição e manipulação de dados em ambientes sensorizados e automação.

Alguns projectos

Infinito ao Cubo
2007

Imagine um cubo espelhado de 3 x 3 x 3 metros suspenso a 25 centímetros do chão apoiado numa cruzeta no centro da base e em quatro molas, uma em cada canto. Duas das suas faces giram em torno do eixo central, com uma porta de acesso ao interior. Se por fora o espelho reflecte o ambiente envolvente, por dentro provoca reflexões infinitas em todas as direcções.

Solo 
2011

SOLO é uma instalação interactiva desenhada para propagar dados áudio-táctil-visuais de posicionamento e força. Imagine uma superfície plana, metálica e polida. Formada por chapas de 1 x 1m de alumínio náutico, cada chapa está apoiada no seu centro e todas estão interligadas. Ao caminhar sobre este SOLO, o peso do seu corpo gera efeitos semelhantes ao de uma pedra que cai sobre a superfície da água parada: as chapas inclinam-se e provocam ondas que se propagam radialmente. O movimento do metal contra metal gera sons e a superfície metálica em movimento propaga reflexos de luz pelo ambiente.

 

SOLO recria de forma sólida a superfície da água num contraponto entre as matérias. O metal em movimento percebe-se líquido. Reage à presença de um ou vários actores simultâneos e reproduz um jogo entre forças e equilíbrio. Por meio de uma sequência de causalidades, cada placa propaga luz e som através da animação progressiva da superfície.

Túnel
2011

Esta obra, recentemente premiada com uma menção honrosa no Prix Ars Electronica 2011, é uma escultura cinética, imersiva e interactiva constituída de 93 pórticos metálicos no formato de rectângulos/molduras que, à semelhança dos frames de um filme, propõem um tempo e um percurso. O espectador é convidado a andar no interior do trabalho e experimentar a tentativa o equilíbrio instável que garanta o seu trajecto. Para o observador ex­terno, os movimentos da peça produzem efeitos ópticos de reflexos e projecção de sombras.

Fontes:
www.cantoni-crescenti.com.br 
www.thecreatorsproject.com/

Follow me, please…

Já imaginaram chegar a um edifício que não conhecem e pedirem ajuda a um robot para vos levar para um determinado sítio, onde por exemplo, vão ter uma reunião?

O Banco Santander contratou os portugueses da YDreams para tornar mais interactiva a sala de visitas da sua cidade financeira em Boadilla del Monte, a 18km de Madrid. Uma proposta realizada em 48 horas e que teve como fonte de inspiração o filme "Minority Report", de Steven Spielberg e implementada em 2010.

"Criámos um ambiente fílmico e cénico absolutamente invulgar. Muito provavelmente, não há nenhuma empresa no mundo com uma sala de visitas assim", diz António Câmara, director-executivo da Ydreams, em entrevista ao semanário Expresso. 

Estes robots interactivos de 61 centímetros de altura, denominados Sigas (Santander Interactive Guest Assistants), possuem 16 sensores para detecção de objectos e são unidades autónomas que partilham informação de forma eficiente. 

Além dos Sigas, o espaço interactivo criado pela empresa inclui ainda uma parede e uma maqueta interactivas bem como diversas colunas de LED (light emitting diode).

Fonte:
Ydreams.com
Abreu, Carlos. Expresso.pt, Abril 2010
Wired – UK Edition, Agosto 2011