A dupla de artistas brasileiros Leonardo Crescenti e Rejane Cantoni discutem estratégias de experimentação e de implementação de interfaces áudio-táctil-visuais que possibilitam ao espectador explorar e interagir de maneira natural com bancos de dados e ambientes físicos, virtuais, remotos ou híbridos.
Crescenti, artista e arquitecto, pesquisa e desenvolve projectos em novos media e trabalha como fotógrafo e director de fotografia. Como director, realizou treze curtas-metragens, obtendo um total de 21 prémios nacionais e 14 internacionais.
Rejane Cantoni é uma artista e pesquisadora de novas tecnologias que investiga a engenharia dos sistemas de realidade virtual, instalações interactivas com dispositivos de aquisição e manipulação de dados em ambientes sensorizados e automação.
Alguns projectos
Infinito ao Cubo
2007
Imagine um cubo espelhado de 3 x 3 x 3 metros suspenso a 25 centímetros do chão apoiado numa cruzeta no centro da base e em quatro molas, uma em cada canto. Duas das suas faces giram em torno do eixo central, com uma porta de acesso ao interior. Se por fora o espelho reflecte o ambiente envolvente, por dentro provoca reflexões infinitas em todas as direcções.
2007
Imagine um cubo espelhado de 3 x 3 x 3 metros suspenso a 25 centímetros do chão apoiado numa cruzeta no centro da base e em quatro molas, uma em cada canto. Duas das suas faces giram em torno do eixo central, com uma porta de acesso ao interior. Se por fora o espelho reflecte o ambiente envolvente, por dentro provoca reflexões infinitas em todas as direcções.
Solo
2011
2011
SOLO é uma instalação interactiva desenhada para propagar dados áudio-táctil-visuais de posicionamento e força. Imagine uma superfície plana, metálica e polida. Formada por chapas de 1 x 1m de alumínio náutico, cada chapa está apoiada no seu centro e todas estão interligadas. Ao caminhar sobre este SOLO, o peso do seu corpo gera efeitos semelhantes ao de uma pedra que cai sobre a superfície da água parada: as chapas inclinam-se e provocam ondas que se propagam radialmente. O movimento do metal contra metal gera sons e a superfície metálica em movimento propaga reflexos de luz pelo ambiente.
SOLO recria de forma sólida a superfície da água num contraponto entre as matérias. O metal em movimento percebe-se líquido. Reage à presença de um ou vários actores simultâneos e reproduz um jogo entre forças e equilíbrio. Por meio de uma sequência de causalidades, cada placa propaga luz e som através da animação progressiva da superfície.
Túnel
2011
2011
Esta obra, recentemente premiada com uma menção honrosa no Prix Ars Electronica 2011, é uma escultura cinética, imersiva e interactiva constituída de 93 pórticos metálicos no formato de rectângulos/molduras que, à semelhança dos frames de um filme, propõem um tempo e um percurso. O espectador é convidado a andar no interior do trabalho e experimentar a tentativa o equilíbrio instável que garanta o seu trajecto. Para o observador externo, os movimentos da peça produzem efeitos ópticos de reflexos e projecção de sombras.

















